Hístória do Café

Qual origem do café?

Embora não haja uma história sobre a origem exata do café, várias lendas ajudam a contar essa origem. Uma das mais populares envolve um pastor de ovelhas etíope chamado Kaldi, que viveu por volta do ano 575.

Kaldi percebeu que suas ovelhas ficavam mais enérgicas após mastigar frutas de uma planta desconhecida nas montanhas de Gimma, na Etiópia. Intrigado pelo comportamento de suas ovelhas, Kaldi levou alguns ramos da planta de volta à sua aldeia

O sacerdote Wise decidiu experimentar as frutas, mas ao cozinhá-las, achou o sabor muito amargo e jogou-as no fogo. Foi então que o aroma inebriante do café torrado tomou conta do lugar, despertando a curiosidade dos aldeões e marcando o início da popularização do café.

Depois desse "acidente" feliz com Kaldi e suas cabras superpoderosas, o café começou a ganhar fama, mas foi no mundo árabe que ele encontrou seu primeiro lar. Por volta do século XV, os grãos especiais já estavam rodando por países como o Yemen e o Egito. E foi lá em Meca que surgiram as primeiras casas de café

Essas casas de café eram quase como os primeiros "coworkings" da história, onde artistas, pensadores e comerciantes se reuniam. E foi assim que o café da Etiópia virou febre. A bebida não só esquentava o corpo, mas também a mente.

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A expanção para a europa

Após sua descoberta na Etiópia, o café começou a sua jornada para o Oriente Médio. Por volta do século 15, o café já era cultivado em Yemen, onde foi amplamente consumido em locais públicos chamados de “kaveh kanes”, que eram centros de atividades sociais e culturais. Esses lugares se tornaram essenciais para a disseminação do café em todo o mundo árabe.

O café chegou à Europa no século 17 e rapidamente se tornou popular. As primeiras cafeterias europeias abriram em Veneza, em 1645, seguidas por estabelecimentos em Inglaterra, França, Alemanha e Holanda.

Esses lugares se tornaram centros de intercâmbio intelectual e cultural. Curiosamente, houve resistência inicial em alguns lugares, onde o café foi considerado uma “bebida amarga de Satanás”, mas acabou ganhando aceitação e popularidade.

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O café no Brasil

A história do café no Brasil começou no estado do Pará em 1727, com a primeira exportação ocorrendo em 1732. Inicialmente cultivado no Ceará e na Bahia, o café só ganhou força quando começou a ser plantado no Rio de Janeiro em 1760, expandindo-se rapidamente para outras regiões do país, especialmente São Paulo.

No século 19, o café tornou-se a principal exportação do Brasil, desempenhando um papel crucial na economia do país. A ascensão do café no Brasil também teve um impacto significativo na estrutura social e econômica.

A necessidade de mão-de-obra para as plantações levou ao uso intensivo de trabalho escravo, que só foi abolido em 1888. Após a abolição, o Brasil atraiu imigrantes europeus, principalmente italianos, para trabalhar nas plantações de café.

Os nossos grãos se tornaram orgulho nacional, ficando tão famosos que o governo resolveu baixar a bola deles. No século XX, a produção de café era tão grande que, em 1929, o governo decidiu queimar café para diminuir a produção e evitar a queda dos preços.

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Café especiais

Nos anos 70, quando Erna trabalhava como secretária em uma corretora de cafés em São Francisco, nos Estados Unidos. Naquela época, o café era vendido como uma commodity, ou seja, tudo era tratado como se fosse igual, sem dar importância para a origem, sabor ou qualidade de cada lote.

Mas Erna, com seu olfato e paladar aguçados, percebeu algo diferente: alguns cafés tinham características muito especiais, com sabores únicos, complexos e cheios de nuances.Foi ela quem começou a chamar esses lotes selecionados de "Coffees with Character" (cafés com personalidade) e, mais tarde, cunhou o termo que usamos até hoje: cafés especiais.

Ela entendia que o terroir (aquele conjunto de fatores como solo, clima e altitude) era o que fazia certos grãos se destacarem, e acreditava que eles mereciam ser tratados com o respeito que os vinhos de alta qualidade recebiam.

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O café na atualidade

A produção total de café efetivamente colhida nas quatro grandes regiões produtoras do planeta no mesmo período acumulado de doze meses, no caso específico em ordem decrescente. Assim, verifica-se que a América do Sul produziu o equivalente a 89,3 milhões de sacas de 60kg, as quais corresponderam a aproximadamente 50,2% da produção mundial, e, dessa forma, tal região se destacou em primeiro lugar nesse ranking.

Na sequência, figura a região produtora Ásia & Oceania, como segunda colocada, cuja safra atingiu a soma de 49,9 milhões de sacas (28,0%), seguida pela África, na terceira posição, com 20,1 milhões de sacas, que corresponderam a 11,3% da safra de café mundial. E, por fim, na quarta posição destacou-se a região do Caribe, América Central & México, com produção correspondente a 18,7 milhões de sacas de 60kg, que representaram em torno de 10,50% do total-geral colhido no período em destaque

Hoje, o Brasil conquistou o posto de maior produtor de café do mundo, com um processo fabril que une as técnicas artesanais à tecnologia de ponta. Da mesma forma, a participação dos grãos cresce em todo o mundo, deixando espaço para mais inovações.

Cada vez mais, os grãos são produzidos de maneira sustentável, cuidando da mãe natureza como ela merece. Além disso, a bebida é reconhecida por suas propriedades nutricionais e, sem dúvida, consegue reunir a galera e trazer alegria para o ambiente como nenhuma outra.

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