Plantio do Café

Escolha área ideial para começar o cultivo do seu café:

A escolha da área é o primeiro ponto a ser analisado antes de iniciar o plantio de café, pois a planta pode não se desenvolver corretamente em locais que não proporcionem condições ideais para seu crescimento. É fundamental estar atento aos fatores que precisam ser levados em consideração:

  • Temperatura
  • Precipitação
  • Altitude
  • Umidade
  • Topografia
  • Análise do solo
  • Espaçamento
  • Irrigação

Temperatura:

A temperatura ideal de cultivo varia de 18ºC a 23ºC, sendo que seu desenvolvimento pode ser muito prejudicado em temperaturas acima de 30ºC.

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Precipitação:

A temperatura ideal de cultivo varia de 18ºC a 23ºC, sendo que seu desenvolvimento pode ser muito prejudicado em temperaturas acima de 30ºC.

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Altitude:

O café é uma planta que apresenta maior dificuldade para se desenvolver em regiões no mesmo nível do mar, sendo que a recomendação é que a plantação ocorra em áreas entre 600 m e 1200 m de altitude.

altitude

Umidade:

Tanto a umidade alta quanto baixa pode ser prejudicial para o desenvolvimento do café. A alta umidade favorece a incidência de pragas, doenças e fermentações indesejáveis. Já a baixa umidade favorece o aparecimento de algumas pragas e prejudica o desenvolvimento da planta.

umidade

Topografia:

Embora cerca de 40% da plantação de café no Brasil ser realizada em áreas montanhosas, é recomendado que o plantio seja feito em regiões mais planas. Assim, é possível facilitar a mecanização, o controle de erosão e a proteção do solo, além de reduzir gastos com mão de obra.

topografia

Análise do solo:

A grande maioria das recomendações de correção e adubação do café orientam realizar a análise do solo entre 0 e 20 cm de profundidade, e em alguns casos de 20 a 40 cm. Contudo, é preciso levar em conta que o café é uma planta perene, ou seja, passa por todas as estações do ano, sofrendo com variações climáticas anuais e interanuais.

analise solo

Espaçamento:

O espaçamento entre as mudas de café está diretamente ligado à produtividade e longevidade da lavoura. A distância correta entre as plantas e as linhas permite reduzir custos com insumos e garantir maior qualidade do produto no momento da colheita.
Estudos mais recentes permitiram o desenvolvimento de dois modelos que são os mais utilizados atualmente: 1,75–2,00 m x 0,5 m para renque fechado (plantio adensado) e 3,5–4,0 m x 0,5 para renque aberto (largo na rua e fechado na linha, adotada em lavouras mecanizadas).
Além disso, a evolução tecnológica permitiu criar um padrão intermediário por meio de máquinas que podem proporcionar o melhor aproveitamento do espaço. Essa nova técnica é chamada de plantio semidançado, com espaçamento de 2,5–3,2 m x 0,5 m. A técnica exige 5 maior frequência nas podas, mas por outro lado garante uma alta produtividade que varia de 6.300 a 8.000 plantas por hectare.

Espaçamento

Irrigação:

A irrigação aliada às demais técnicas que propiciam o correto desenvolvimento do café é capaz de aumentar significativamente a produtividade da plantação. Após a florada, a falta de água pode causar o abortamento das flores e prejudicar o enchimento dos grãos na época de granação, além de prejudicar as gemas florais para a próxima produção.
Por isso, é preciso ficar atento ao fornecimento de água para a plantação. O início da irrigação deve ser feito após a florada e se estender até o estresse hídrico que antecede a próxima florada, de acordo com o déficit hídrico de cada solo. A irrigação por gotejamento tem demonstrado ser a melhor técnica para as plantações de café, uma vez que evita a alta umidade relativa, bem como permite maior racionalização no uso de água e energia.

irrigação

Etapas do processo de produção:

Após realizar o plantio do café e a colheita dele, temos o processo de produção para fazer o café chegar até os mercados e ao cliente final, o consumidor.
Siga as seguintes etapas da procução:

  • Pré-limpeza
  • Secagem
  • Beneficiamento
  • Torrefação
  • Moagem
  • Envase

Pré-limpeza:

Após a colheita, é feita a separação das impurezas e o início da preparação dos grãos, podendo ser de três formas:

  • Via seca: sem eliminação da casca;
  • Via úmida: com a eliminação da casca e da polpa, que resulta no café despolpado;
  • Via semiúmida: com eliminação da casca, que obtém o café cereja descascado.

Secagem:

O café passa por um processo natural ou mecânico de secagem, a fim de obter uma umidade de 12%. A escolha do sistema utilizado varia de acordo com o volume de produção, das condições climáticas da região e do padrão de qualidade desejado.

  • Secagem mecânica: feita em secador mecânico de fogo indireto, a 40°C.
  • Secagem natural: feita em terreiros, que podem ser de diversos tipos,
    dependendo das técnicas utilizadas, podem aumentar as notas sensoriais do produto.

Beneficiamento:

A fim de se obter um produto com qualidade superior, os grãos de café já secos podem passar por mais uma etapa de limpeza e descascamento do grão. Aqui, há também a separação por tamanho e peso em mesa dessimétrica e peneiras.

Torrefação:

A torrefação dos grãos é feita em torrador, que chega a temperaturas de até 230°C.

Moagem:

A moagem é feita para liberar os componentes responsáveis pelo aroma e sabor, posteriormente extraídos pela água no consumidor final. Se você quiser ter a experiência de sabor completa, o ideal é comprar o café em grão e moer na hora.

Envase:

O pó de café vai para as empacotadoras, que embalam o café em pacotes comuns ou a vácuo. Atualmente, está em expansão o envase em cápsulas, de maior valor agregado, representando cerca de 1% do consumo.

café